#moinho, vídeo de 2010… a vida é um moinho mesmo…

Evento de graffiti realizado no dia 12 de Outubro de 2010 na Favela do Moinho em São Paulo, que teve como um dos organizadores o grafiteiro Mundano.

imagens: Fábio Caiana
Edição: Raphael Mariano
Beat: DJ Sleep

Favela do Moinho, Carência, Respeito e Arte.

por: H.Bernini

A favela do Moinho já não era um lugar dominado pela relação de “carência fundamental” como definiu Jean Paul Sartre, carência de todos os tipos de consumo, consumo material e imaterial. Também da carência do consumo político, carência de participação e de cidadania. Essa realidade ora imaginada ou vislumbrada em abundância tem sua contrapartida nas possibilidades apresentadas pelo mundo e percebidas no lugar produzindo um desconforto que só a arte é capaz de mudar por ser instrumento da produção de uma nova consciência. Como também dizia Rimbaud “a cidade transforma tudo, inclusive a matéria inerte, em elementos de cultura“. A cultura, forma de comunicação do indivíduo e do grupo com o universo, é uma herança, mas também um reaprendizado das relações profundas entre o homem e o seu meio. A Favela do Moinho já não era um lugar (meio) somente carente, mas em transformação, pois o momento da consciência aparece, quando os indivíduos e os grupos se desfazem de um sistema de costumes (cultura), reconhecendo-os como um jogo ou uma limitação imposta por uma relação observada a partir da “carência fundamental”.

 

 

Inspirado no Livro “A natureza do Espaço” Milton Santos

foto: João Wainer

 

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